Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) têm acompanhado o crescimento da obesidade e sobrepeso na população local.
O peso das crianças em Maringá preocupa: uma em cada três crianças da cidade está acima do peso, em um gráfico que vem apontando para o alto.
Edna Regina Netto de Oliveira coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Obesidade e Exercício (Grepo), da UEM. Farmacêutica, mestre em Ciência de Alimentos e doutora em Ciências, ela atribui o aumento de peso das crianças à mudança no comportamento das famílias.
Cada vez há menos arroz e feijão no prato, enquanto lanches e refrigerantes ganham espaço. A falta de atividade física, em tempos de internet e videogame, também colabora.
Edna avalia que o poder público deveria ser mais atuante, com campanhas sobre os malefícios do excesso de peso, mas não isenta os pais de culpa. Segundo ela, casos de crianças acima do peso por conta da genética são raros. Famílias estão acima do peso por conta da má educação alimentar.
Os pesquisadores constataram que dinheiro não é sinônimo de alimentação saudável nem de maior controle dos pais. Nas crianças de classes sociais mais altas sobrepeso e obesidade são frequentes. Nas escolas públicas, a vilã é a merenda.
Crianças de escolas em regiões onde não há pobreza, comem a merenda às 10 da manhã, para ao meio-dia chegar em casa e almoçar de novo.
Fonte: O Diário
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