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São Paulo, São Paulo, Brazil
Possui graduação em Educação Física e especialização em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - É instrutor do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS). Mestre e aluno de doutorado da UNIFESP, além de membro colaborador do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente (CAAA) Departamento de Pediatria da UNIFESP. Link para o currículo lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/8630482126111425

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

COM O PASSAR DOS ANOS, A APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA DIMINUIU SOMENTE EM CRIANÇAS OBESAS ?

Os níveis de aptidão física em jovens têm diminuído nos últimos anos, podendo contribuir para o desenvolvimento de diabetes, hipertensão e síndrome metabólica, e para o aumento do risco de doenças metabólicas e cardiovasculares na idade adulta. Cerca de 80% dos adolescentes do mundo não atingem a recomendação de 60 minutos de atividade física moderada a vigorosa por dia, que, aliado às enormes mudanças socioeconômicas nos últimos anos, teve como consequência o aumento do excesso de peso e obesidade. Como a aptidão cardiorrespiratória é um importante componente da síndrome metabólica e um forte preditor de morte prematura, identificar mudanças nos níveis de atividade física durante a epidemia da obesidade pode indicar a necessidade de intervenções para melhorar o condicionamento físico de escolares. Um artigo publicado no Jornal de Pediatria em Agosto de 2013, anaisou o índice de massa corporal e a aptidão cardiorrespiratória de 1.291 escolares nos anos de 1978/1980, 1988/1990, 1998/2000 e 2008/2010. 
Com o objetivo de comparar as mudanças da aptidão cardiorrespiratória de escolares brasileiros com avaliações a cada 10 anos a partir de 1978/1980, os autores verificaram uma diminuição da aptidão cardiorrespiratória, que não pode ser explicada pelo estado nutricional. A queda da aptidão cardiorrespiratória foi maior nos escolares eutróficos do que nos obesos. Com isso, futuras pesquisas são necessárias a fim de identificar  os fatores determinantes na redução da aptidão cardiorrespiratória, a fim de relacionar o estilo de vida, como a atividade física habitual, com a aptidão cardiorrespiratória de escolares de ambos os sexos. Estratégias de intervenção devem ser dirigidas não só às crianças obesas, mas também àquelas eutróficas e/ou com baixa aptidão física e elevado tempo de comportamento sedentário.


Fonte: Ferrari GLM, Bracco MM, Matsudo VKR, Fisberg M. Cardiorespiratory fitness and nutritional status of schoolchildren: 30-year evolution (1978 – 2010). J Pediatria 2013; 89(4):366−73.

terça-feira, 25 de junho de 2013

ANDAR OU CORRER ? O QUE PERDE MAIS PESO ?

Quando você pensa em manter a forma física, naturalmente vem na sua cabeça: O que é melhor para perder peso? Andar ou correr? Um dos maiores e renomados professores do mundo na área da atividade física e emagrecimento, acaba de publicar em uma das melhores revistas internacionais no meio científico, Medicine & Science in Sports & Exercise a comprovação de que a caminhada quando realizada de forma moderada também ajuda a reduzir o peso.

Paul Willians, pesquisador do Laboratório nacional de Lawrence Berkeley, da Universidade da Califórnia, Estados Unidos analisou 50 mil pessoas adultas (média de 41 anos de idade) durante 6 anos consecutivos que realizavam caminhada, corrida e outras atividade aeróbicas (natação e ciclismo). Além disso, o pesquisador categorizou os participantes em quatro diferentes grupos de gordura corporal. Os resultados da pesquisa permitiu concluir que: a diminuição da circunferência da cintura e do índice de massa corporal foram maiores nos exercícios de intensidade moderada (ciclismo e corrida) nos participantes de ambos os sexos mais pesados quando comparado com os participantes mais leves.


Fonte: Williams PT. Greater Weight Loss from Running than Walking during a 6.2-yr Prospective Follow-up. Med Sci Sports Exerc.45 (4): 706–713, 2013.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

SEDENTARISMO MATA: ESTUDO MOSTRA QUE A INATIVIDADE FÍSICA VIROU DOENÇA !!!

A fórmula para viver mais já sabemos de cor e salteado: não fumar, beber uma taça de vinho por dia, praticar exercícios físicos e comer cinco porções de frutas e legumes diariamente. Fácil ? Não é, mas a ciência deu um empurrãozinho no nosso esforço ao mostrar, em números, quanto se vive mais seguindo à risca tal recomendação: 14 anos, em média. A novidade é que os pesquisadores acabam de revelar o outro lado da moeda, ou seja, qual é o ingrediente principal da receita para morrer mais cedo. Você sabe qual é a resposta? Ser sedentário.
O sedentarismo pode roubar de dois a cinco anos das nossas vidas. Ele virou epidemia no mundo, feito uma doença – no Brasil, inclusive –, e pesquisas mostram que mata mais do que a obesidade. “Ele já é o quarto fator de risco de mortes, perdendo apenas para a hipertensão, cigarro e glicose elevada” de acordo com publicação na revista Lancet. São 5 milhões de vítimas a cada ano. Uma em cada dez mortes precoces é atribuída à inatividade física. E o pior: se a inatividade vem desde a infância, a probabilidade de morrer precocemente é ainda maior. 
Sessões de meia hora, cinco vezes por semana, no mínimo, estimulam a irrigação sanguínea e a oxigenação de todos os órgãos. Uma caminhada ou um passeio de bicicleta, por exemplo, já valem, desde que façam o coração bater mais rápido e a frequência respiratória subir. Cerca de vinte minutos de uma atividade mais vigorosa, como musculação, três vezes por semana, também são suficientes.

Fonte: Lee IM et al. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide an analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet 2012.