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São Paulo, São Paulo, Brazil
Possui graduação em Educação Física e especialização em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - É instrutor do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS). Mestre e aluno de doutorado da UNIFESP, além de membro colaborador do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente (CAAA) Departamento de Pediatria da UNIFESP. Link para o currículo lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/8630482126111425

segunda-feira, 30 de maio de 2011

SAINDO MENOS DE CASA, CRIANÇAS ESTÃO MAIS FRACAS !!!

Uma infância dominada por videogames, TV e computadores está deixando toda uma geração de crianças mais fraca, como comprovou, uma pesquisa realizada no Reino Unido. O estudo, liderado por Gavin Sandercock, especialista em educação física de crianças da Universidade de Essex, comparou em 2008 o desempenho em atividades comuns de um grupo de 315 meninos e meninas britânicos de 10 anos com o de outro grupo de 309 da mesma idade em 1998 e constatou que a nova geração não consegue realizar os exercícios com a mesma facilidade ou desempenho.
De acordo com o artigo publicado no periódico “Acta Paediatrica”, as crianças de 2008 fizeram menos abdominais, foram menos capazes de sustentar o peso do próprio corpo segurando uma barra e apresentaram força menor nos braços e na empunhadura do que as avaliadas 10 anos antes. Os dados mostram que as crianças da nova geração realizaram um número 27,1% menor de abdominais; tiveram uma queda de 26% na força dos braços e de 7% na empunhadura; e uma em dez não conseguiu se segurar na barra e sustentar o próprio peso, contra uma em cada 20 em 1998.
A justificativa para esses achados é que isso provavelmente é fruto de mudanças nos padrões de atividades das crianças de 10 anos, como participar menos de exercícios de subida em cordas nas aulas de educação física nas escolas e trepar em árvores apenas por diversão. Essas atividades tipicamente aumentam a força das crianças.
O fato de 10% das crianças não terem conseguido passar pelo teste da barra e de outros 10% nem terem tentado foi “realmente chocante”, reconheceu o pesquisador:
Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que as crianças estavam ficando com uma forma física pior, menos ativas e mais sedentárias, e, em muito casos, mais pesadas. Mas o estudo também revelou que, em média, a geração de 2008 tinha o mesmo índice de massa corporal daquela da década anterior. Isso significa que, dada a queda na força, os corpos das crianças do grupo mais recente têm mais gordura e menos músculos do que os das crianças do grupo anterior.
Isso é realmente preocupante do ponto de vista da saúde. Se, por um lado, é uma boa notícia que o índice de massa corporal não tenha aumentado, por outro é ruim saber que, quilo por quilo, elas estão provavelmente carregando mais gordura.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O PESO AO NASCER INTERFERE NA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA NA JUVENTUDE ?

Indivíduos com baixo peso ao nascer podem ter maior risco de doenças metabólicas na vida adulta, como diabetes e doenças cardiovascular. Peso baixo ao nascer, tem sido associado com a diminuição do desempenho físico, incluindo força muscular e condicionamento aeróbico.
Um estudo publicado em janeiro de 2011 no Journal PlosOne liderado por Ridway investigou 4.700 crianças e adolescentes da Europa e da América do Sul. O objetivo da pesquisa foi verificar se o peso ao nascer atua como um determinante biológico da atividade física e do tempo sedentário.
Os autores não encontraram nenhuma relação entre o peso ao nascer com a atividade física total. O mesmo foi encontrado para tempo de sedentarismo. Nas crianças brasileiras, foi encontrado uma associação entre maior peso e maior tempo sedentário.
Os autores concluíram que o peso de nascimento não pode ser um importante determinante biológico da atividade física ou do sedentarismo em crianças e adolescentes.

Fonte: Ridway et al. Does birth weight influence physical activity in youth? A combined analysis of four studies using objectively measured physical activity. PlosOne. January 2011:6(1), e16125

terça-feira, 24 de maio de 2011

PRÊMIO SAÚDE: AS INSCRIÇÕES ESTÃO ABERTAS

O Prêmio SAÚDE! é promovido pela revista SAÚDE! É Vital da Editora Abril com o objetivo de valorizar, incentivar e divulgar campanhas de prevenção e educação, trabalhos clínicos ou da área cirúrgica e outras ações que tenham contribuído para melhorar a saúde e a qualidade de vida dos brasileiros.
Está aberto exclusivamente a profissionais de saúde -- médicos, enfermeiros, nutricionistas, obstetrizes, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos, biólogos, biomédicos e cirurgiões-dentistas --, com registro nos devidos conselhos, que exerçam sua atividade em instituições públicas, privadas ou, ainda, organizações não governamentais.  O prêmio é para os profissionais de saúde envolvidos naquela iniciativa ou ação.
O período para inscrições para o VI Prêmio SAÚDE! será de 7 de fevereiro a 15 de agosto de 2011. As inscrições que chegarem antes ou depois do prazo estabelecido serão automaticamente desclassificadas. Valerá como comprovação a data do recibo da internet ou o carimbo do correio na data da expedição.As inscrições estarão abertas para trabalhos e ações que possam ser comprovados, nas seguintes áreas ou categorias:
· Saúde do Homem e da Mulher
· Saúde da Criança
· Saúde Mental e Emocional
· Saúde e Prevenção
· Saúde Bucal
· Políticas Públicas
· Instituição do Ano

fonte: www.premiosaude.com.br

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ARTE MARCIAL AJUDA PORTADORES DE DOENÇA CARDÍACA ?

A qualidade de vida e humor de pessoas portadoras de insuficiência cardíaca crônica podem ser melhorados com a prática de uma ginástica inspirada no tai chi, arte marcial chinesa milenar.
A afirmação está baseada no trabalho de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, uma das mais conceituadas do mundo.
De acordo com a professora da faculdade, Gloria Yeh, uma das autoras do estudo, publicado nos Archives of Internal Medicine, a prática do tai chi contribuiria para melhorar a qualidade de vida, o humor e a eficácia do exercício entre os pacientes. A atividade não apresenta riscos de agravamento da enfermidade e poderia melhorar a qualidade de vida e o humor dos enfermos mais frágeis, afirmou Gloria Yeh do Centro Médico Beth Israel Deaconess.

Fonte: Corpo Saun

segunda-feira, 9 de maio de 2011

AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA MELHORAM O RENDIMENTO ESCOLAR ?

Diminuir as atividades físicas e recreativas para que os estudantes fiquem mais tempo na sala de aula, em vez de melhorar as notas, tem um impacto negativo sobre o aprendizado.
A revelação foi feita durante a reunião anual das Sociedades Acadêmicas Pediátricas, que está se realizando em Denver, nos Estados Unidos.
O estudo reforça as evidências de que as atividades físicas são benéficas não apenas para o corpo, mas também para a mente.
Atividades físicas criativas
Kathryn King e Carly Scahill, pediatras do Hospital Infantil da Universidade da Carolina do Norte, testaram um programa de atividades físicas entre crianças do primeiro ao sexto ano, todas apresentando notas abaixo da média.
Antes do programa, as crianças tinham uma única sessão de atividades físicas de 40 minutos, uma vez por semana. As aulas de educação física foram estendidas para toda a semana - 40 minutos por dia, cinco dias por semana.
Mas não se trata apenas de correr, saltar ou fazer polichinelos. O programa envolve atividade de treinamento de movimentos, como traçar formatos no chão com giz ou dar nomes às cores de cada degrau enquanto saltam para baixo ou para cima por uma escada colorida.
Crianças maiores também participaram de exercícios monitorados em aparelhos, como uma esteira que mostrava noções de geografia enquanto a criança corria ou uma parede de alpinismo cujos números vão mudando conforme a criança ascende na escalada.
Mente sã em corpo são
As pesquisadoras compararam as notas dos estudantes em testes padronizados antes e depois do programa de atividades físicas.
Os resultados mostraram que o tempo investido nas atividades físicas e lúdicas tem bom retorno.
O percentual de estudantes que atingiu a nota mínima passou de 55% antes, para 68,5% depois da participação no programa.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O QUE ESTÁ MAIS LIGADO A MORTALIDADE: COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO OU A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA?

O sedentarismo excessivo como assistir televisão e computador e a prática de atividade física podem estar associado a mortalidade e eventos cardiovasculares. Para desvendar o mistério, Stamatakis e outros colegas de pesquisa realizaram um estudo epidemiológico que foi publicado essa semana (4) no Journal of the American of Cardiology com o objetivo de verificar a associação do tempo sentado e da atividade física com a mortalidade por todas as causas e eventos cardiovasculares. Os pesquisadores acompanharam 4.512 adultos Escoceses durantes alguns anos e os resultados foram surpreendentes.
Os autores verificaram que quanto maior o tempo de TV, menor era o tempo que as pessoas faziam atividade física. Quanto mais as pessoas ficavam realizando atividades sedentárias como assistir TV e computador, maior era a ocorrência de mortalidade.
O risco de mortalidade das pessoas por todas as causas aumentava 48% naquelas que tinham mais de 4 horas em comportamentos sedentários. O risco de doenças cardiovasculares aumentou para os adultos que ficavam no mínimo 2 horas com comportamento sedentário. Mais que duas horas por dia de TV e computador tinha risco aumentado de eventos cardiovasculares. O resultado mais interessante da pesquisa foi quando os pesquisadores incluíram a atividade física na análise, e os resultados mostraram pouca diferença.
A relação encontrada nesse estudo entre tempo sentado, mortalidade por todas as causas e eventos cardiovasculares foi independente da prática da atividade física. Os pesquisadores apóiam a idéia de que seja feita uma diretriz de comportamentos sedentários em recomendação de saúde pública para a prevenção de doenças cardiovasculares, isso porque o maior problema não é a prática de atividade física e sim o tempo de comportamento sedentário.
Fonte: Stamatakis E, Hamer M, Dunstan D. Journal of the American College of Cardiology. 3(57):292-299, 2011.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

HIPERTENSÃO ARTERIAL: HOMENS COM MAIOR FORÇA MUSCULAR VIVEM MAIS, MESMO QUANDO HIPERTENSOS

Como já era sabido, a força muscular é inversamente associada à mortalidade1 geral em homens saudáveis. O estudo atual, publicado no Journal of the American College of Cardiology, mostrou que esta mesma associação foi encontrada em homens hipertensos.
Participaram do estudo Aerobics Center Longitudinal Study 1.506 homens hipertensos com 40 anos ou mais. O período de seguimento foi de 1980 a 2003, no qual ocorreram 183 mortes. Após ajustes estatísticos, os participantes com maior força muscular mostraram menor risco de morte. Quando a força muscular e a aptidão cardiorrespiratória foram analisadas em conjunto, aqueles com maior força muscular, associada à melhor aptidão cardiorrespiratória tiveram o menor risco de mortalidade1.
Os resultados mostram que a maior força muscular protege homens hipertensos de morte por todas as causas e isto parece ser um benefício que se soma à maior aptidão cardiorrespiratória.