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São Paulo, São Paulo, Brazil
Possui graduação em Educação Física e especialização em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - É instrutor do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS). Mestre e aluno de doutorado da UNIFESP, além de membro colaborador do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente (CAAA) Departamento de Pediatria da UNIFESP. Link para o currículo lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/8630482126111425

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

UNIFESP É A MELHOR UNIVERSIDADE DO PAÍS

A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) é, pela terceira vez consecutiva, a melhor universidade federal do país, segundo o Índice Geral de Cursos das Instituições de Ensino Superior do País (IGC), divulgado nesta quinta-feira (13/1), pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), autarquia responsável pelo levantamento. Apenas 25 instituições de ensino superior obtiveram nota 05 (máxima) no ranking: 14 são públicas e, as demais, privadas.
No Estado de São Paulo, a Unifesp foi a única instituição que conquistou a nota máxima, 05, e desempenho contínuo de 440 pontos, no ranking das universidades federais. Este é o terceiro ano em que o índice avalia a qualidade das instituições de ensino superior público federal e privado do país. O resultado é composto por avaliações dos cursos de graduações e de pós-graduações das instituições. As notas referem-se ao IGC 2009.
Para o reitor da Unifesp, Walter Manna Albertoni, a nota máxima do IGC comprova a qualidade dos cursos da Universidade: “Estamos muito orgulhosos. Somos uma universidade em expansão que consegue, apesar de todos os problemas, manter a qualidade do ensino.” O reitor enfatizou que “esse resultado é reflexo do esforço profissional de nosso corpo docente, com professores altamente qualificados, dos nossos alunos bem selecionados e do empenho dos servidores técnicos administrativos".
O projeto de expansão das universidades federais, iniciado em 2005 com a criação do campus Baixada Santista, fez com que a Unifesp saltasse de um para cinco campi e de cinco para 28 cursos. Para o reitor Albertoni, “um resultado tão positivo, que inclui não somente os cursos de graduação mas também os de pós-graduação, só reforça que estamos no caminho certo na nossa expansão e que temos uma forte vocação para sermos uma universidade plena”.
Com os novos campi, a instituição deixou de atuar exclusivamente no campo da saúde, inaugurando cursos nas áreas de Humanas (Guarulhos), Biológicas (Santos e Diadema), Exatas (São José dos Campos). O novo campus Osasco, com início das aulas previsto para o primeiro semestre de 2011, será voltado para a área de Negócios. No Vestibular 2011, a instituição oferece 2.669 vagas em 33 cursos de Graduação.
A Unifesp conta com 6.442 alunos matriculados nos cursos de Graduação, 2.700 em 50 programas de Pós-Graduação Stricto Sensu (Doutorado, Mestrado Acadêmico e Mestrado Profissionalizante) e 6.296 na Pós Graduação Lato Sensu (Especialização e Aperfeiçoamento,). A Universidade conta com 1.163 professores, dos quais 95% têm título de doutor, percentual que marca a qualidade de ensino oferecida pela Instituição. Além disso, a instituição conta com 800 alunos no maior programa de residência médica do Brasil.
O que é o IGC? O IGC é um indicador de qualidade de instituições de educação superior que considera, em sua composição, a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado e doutorado). Para a graduação, é utilizada a média do CPC (Conceitos Preliminares de Curso) da instituição. Já para a pós-graduação, utiliza-se a nota Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). O resultado final é dado em valores contínuos (de 0 a 500) e em faixas (de 01 a 05).
Para o cálculo do índice, são computados os resultados do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) dos últimos três anos (no caso do IGC 2009, foram considerados os cursos avaliados pelo Enade em 2009, 2008 e 2007); a avaliação do corpo docente, infraestrura, projetos pedagógicos e os conceitos atribuídos aos cursos de pós-graduação pela Capes (Coordenação de Pessoal de Nível Superior).

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

PROJETO DE PESQUISA DO CELAFISCS / UNIFESP É FINALISTA DO PRÊMIO ILSI

Projeto de pesquisa do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) em parceria com o Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) cujo título Atualização dos valores de referência da aptidão física de escolares de baixo nível sócio-econômico de Ilhabela é um dos três trabalhos  finalista para concorrer ao Prêmio International Life Sciences Institute (ILSI). A próxima etapa será a apresentação oral no mês de Abril em Águas de São Pedro. Para maiores informações acesse o link abaixo: http://www.ilsi.org/Brasil/Pages/ViewFeatureDetails.aspx?ID=20&ListName=Features

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ESTABILIDADE DA APTIDÃO FÍSICA E CAPACIDADE FUNCIONAL DE MULHERES ATIVAS


Esse foi o último artigo publicado pelo grupo do CLEAFISCS na Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano no mês de janeiro de 2011.
O objetivo da pesquisa foi verificar o efeito de um programa de atividade física e estabilidade das variáveis de aptidao física e capacidade funcional de mulheres adultas fisicamente ativas. A amostra foi composta por 34 mulheres entre 50-89 anos, participantes de um grupo de atividade física da Universidade Camilo Castelo Branco. Para participar da pesquisa, as voluntárias deveriam atender os seguintes critérios de inclusão: adesao mínima de 75% de frequencia as aulas (3x/semana) e ter realizado, no mínimo, uma avaliação por ano entre 2005-2007. Todas as avaliação foram realizadas no mês de junho. As medidas antropométricas foram: massa corporal, estatura, circunferência da cintura e quadril; neuromotoras: levantar da cadeira em segundos, levantar da cadeira em 30 segundos, flexão de cotovelo, shuttle-run, equilíbrio estático e dinâmico; e metabólica: marcha estacionaria de 2 minutos, foi seguida a padronizacao CELAFISCS. A análise dos dados foi feita pela ANOVA - One Way seguida do “post hoc de Scheffe”, delta percentual e correlação de Spearman Rho. O nivel de significância adotado foi o p<0,05. Nas três avaliacoes realizadas, a massa corporal, indice de massa corporal e relacao cintura quadril indicaram valores de excesso de peso. A capacidade funcional demonstrou incremento na força de membros superiores (42%) e inferiores (5,2%) e para o equilibrio (14,1%), essas mudanças foram significativas, o mesmo não aconteceu para agilidade (2,1%), isso comparando 2005-2007. O índice de massa corporal, relação cintura quadril, força e equilibrio estático a estabilidade variou de 0,26 a 0,91 (p<0,05). A participação de idosas em programas supervisionados de atividade fisica promove efeito positivo na manutenção dos niveis nas variáveis antropométricas. Já o efeito do programa de atividade física para as variáveis de capacidade funcional: força de membros superiores, inferiores e equilibrio estático foram encontradas diferenças positivas e significativas quando comparados os anos 2005 e 2007, tendo apenas a locomoção e locomocao máxima apresentando diminuição de desempenho. Foi observado, ainda, grande variabilidade na estabilidade das variáveis de aptidao fisica e funcional durante o processo de envelhecimento dessas senhoras. Estes dados reforcam que um programa de atividade fisica ajuda na manutencao da aptidão fisica e na capacidade funcional em idosas. Tal fato apoia a necessidade do estimulo da atividade física regular após os 50 anos de idade.

Referência: SILVA JUNIOR, J.P. ; SILVA, L.J. ; FERRARI, G.L.M. ; ANDRADE, D.R. ; OLIVEIRA, L.C ; MATSUDO, V.K.R. . Estabilidade das variáveis de aptidão física e capacidade funcional de mulheres fisicamente ativas de 50 a 89 anos. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. v. 13, p. 8-14, 2011.

Para ler esse artigo na íntegra, basta acessar: http://www.rbcdh.ufsc.br/DownloadArtigo.do?artigo=613 e clique em abrir.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

"BARRIGA DE CHOPE É MITO', SEGUNDO ESTUDO ESPANHOL

Um estudo do Colégio Oficial de Médicos de Astúrias revela que "a barriga de chope é um mito", pois um consumo moderado da bebida, de até meio litro diário, associado a uma dieta como a mediterrânea, não engorda e reduz o risco de diabetes e hipertensão.
Estudo mostra que consumo moderado da bebida não engorda e reduz o risco de diabetes e hipertensão
O modelo de homens e mulheres com barriga grande é próprio da cultura anglo-saxã, onde se ingere grandes quantidades de cerveja e comida rica em gorduras saturadas com quase nenhuma atividade física, asseguraram os autores do estudo.
O padrão alimentar dos consumidores moderados de cerveja na Espanha é mais próximo ao da dieta mediterrânea, segundo o trabalho elaborado por Hospital Clínic, Universidade de Barcelona e Instituto de Saúde Carlos III, que foi apresentado nesta quarta-feira no Colégio Oficial de Médicos de Astúrias.
Os médicos Ramón Estruch, do Serviço de Medicina Interna do Hospital Clínic, e Rosa Lamuela, do departamento de bromatologia e Nutrição da Universidade de Barcelona, asseguraram que o estudo demonstra que a cerveja bebida com moderação não provoca aumento da massa corporal nem acúmulo de gordura na cintura.
O teste, realizado em 1.249 participantes, homens e mulheres com mais de 57 anos, que pela idade têm um maior risco cardiovascular, confirmou que a cerveja é saudável, segundo os autores.
As pessoas que participaram do estudo se alimentando com uma dieta mediterrânea acompanhada de cerveja em quantidades entre um quarto e meio litro por dia, "não só não engordaram, mas, em alguns casos, perderam peso", indicaram os cientistas.
A dose recomendada pelos médicos é de dois copos diários para as mulheres e de três para os homens, com comidas equilibradas e sempre que as pessoas tiverem uma vida normal, praticando algum exercício.
A cerveja é uma bebida fermentada, que recebe as propriedades alimentares dos cereais com que é produzida, assim como o vinho da uva, ou a cidra da maçã, explicou a doutora Rosa.
A bebida fornece uma quantidade de ácido fólico, vitaminas, ferro e cálcio maior que outras, e provoca um efeito "protetor" sobre o sistema cardiovascular.
As pessoas que bebem quantidades "normais" de cerveja apresentam uma menor incidência de diabetes mellitus e hipertensão, e um índice de massa corporal inferior.
Além disso, estas pessoas "manifestaram consumir uma maior quantidade de verduras, legumes, pescado, cereais e azeite de oliva, e realizar uma maior atividade física", indicou Estruch.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

COMPOSIÇÃO CORPORAL, FORÇA MUSCULAR E HOSPITALIZAÇÃO ENTRE IDOSOS

Já esta bem estabelecida na literatura que manter um bom nível de atividade física e composição corporal são medidas eficientes para prevenir e manter um bom estado de saúde. Contudo, esta relação sempre foi estabelecida entre os indivíduos jovens e de meia idade. Poucas pesquisas têm observado esses fenômenos em idades mais avançadas. Sabemos que a força muscular é uma variável importante para a independência dos idosos, além de ser associada à maior densidade mineral óssea e tecido muscular.
Uma pesquisa realizada em conjunto com diversos departamentos de algumas universidades dos Estados Unidos buscou avaliar a relação entre a força muscular e composição corporal na ocorrência de hospitalizações entre idosos com idade entre 70 a 79 anos. Para tanto, foram avaliados 3.075 homens e mulheres integrantes do Health, Aging and Body Composition (Health ABC). A força muscular foi avaliada por meio da extensão de joelhos em um aparelho isocinético e a composição pelo DXA. O Período de acompanhamento foi de 5 anos e ocorreram 2.309 hospitalizações neste período. O tempo de internação foi dividido em dias, sendo agrupados da seguinte forma: de 1 a 3; de 4 a 7 e igual ou mais que 8 dias de internação.
Os resultados apontaram resultados interessantes. Por exemplo, entre os homens que reduziram 1,5 kg de massa gorda e mulheres com 1,17 kg o período de hospitalização foi maior quando comparado a menores reduções. Já para peso corporal houve maior significância para homens e mulheres que perderam, respectivamente, 2,36 kg e 1,64 kg. O mesmo fenômeno foi observado para mudanças negativas na massa livre de gordura. Com relação à força muscular os valores de homens e mulheres mais significantes para internação foram uma redução de 7.89 Nm e 7.47 Nm (Newton-metro), respectivamente. Vale ressaltar que todos esses valores foram significantes para um período de internação igual ou maior há oito dias.  A causa de internação mais comum entre os idosos, tanto homens quanto mulheres, foi por doenças do aparelho circulatório, seguido por câncer e outras doenças. Aqui mais uma ressalva, no início da pesquisa todos os idosos não apresentavam estas doenças.
Os autores concluem que hospitalização esta associada com significância mudança na composição corporal e força muscular entre idosos. Ainda, que esses efeitos parecem ser particularmente mais importantes para um período de hospitalização maior que oito dias.
De fato, outras pesquisas já estabeleceram que um idoso com excesso de peso apresenta  maior longevidade que os que eram obesos e com peso, ou melhor,  IMC dentro da classificação normal. Em 2010, outra pesquisa realizada no Japão mostrou que a mortalidade entre idosos foi maior entre aqueles que apresentavam menores níveis de força muscular.
Certamente, os achados dessa pesquisa contribui para termos novos meios de avaliar a saúde dos idosos e possibilidades de intervenções para evitar os problemas decorrentes do envelhecimento.
Referência.
Alley DE et al. Hospitalization and change in body composition and strength in a population-based cohort of older persons. Journal American Geriatrics Society. 2010;58:2085-2091.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

MARTA É ELEITA A MELHOR JOGADORA DE FUTEBOL DO MUNDO PELA QUINTA VEZ CONSECUTIVA

Com 24 anos de idade e 10 de carreira, Marta atingiu o topo do futebol mundial pela quinta vez consecutiva. A camisa 10 da Seleção Brasileira superou as alemãs Fatmire Bajramaj e Birgit Prinz e ficou com o prêmio de melhor jogadora do planeta de 2010, em cerimônia realizada em Zurique, na Suíça, nesta segunda-feira.

"Alguém me disse que eu tinha de chorar e estou eu aqui chorando de novo. Este foi um ano especial pelo êxito que tive em várias equipes. Ser também eleita embaixadora da ONU foi uma grande honra e quero agradecer, primeiramente a minha família, às minhas companheiras do FC Gold Pride, da Seleção Brasileira e do Santos e às pessoas que trabalham comigo", afirmou Marta, a maior vencedora da história dos prêmios da FIFA, ao receber o troféu.

Nas 10 edições do prêmio, a alagoana de Dois Riachos, esteve presente em sete - além das cinco ocasiões em que ficou com o primeiro lugar (de 2006 a 2010), ela ainda tem um segundo em 2005 e um terceiro no ano de 2004. Mesmo com tanta experiência na premiação da FIFA, que pela primeira vez aconteceu em conjunto com a Revista France Football, a rainha do futebol não conseguiu segurar o nervosismo.

"Quero agradecer a Deus por tudo que acontece na minha vida. Primeiro coletivamente e depois individualmente", acrescentou emocionada a meia atacante brasileira, sendo muito aplaudida pelo público presente em Zurique.

Carreira meteórica - Marta começou a carreira no Vasco, em 2000, aos 14 anos de idade. Após dois anos no Rio de Janeiro, foi para o Santa Cruz, do Recife, onde ficou mais duas temporadas. Na sequência, foi para o Umea, da Suécia, clube que atuou de 2004 a 2009, apareceu para o futebol internacional e conquistou duas Copas da UEFA e três campeonatos nacionais.

Em 2010, a brasileira fez parte do elenco do Los Angeles Sol (EUA), teve breve passagem pelo Santos e voltou aos Estados Unidos, para ser campeã pelo FC Gold Pride. Pela seleção, foi artilheira do Sul-Americano conquistado pelo Brasil, que garantiu vaga para a Copa do Mundo deste ano na Alemanha e para os Jogos Olímpicos da Inglaterra em 2012. "Os meus maiores sonhos na carreira são os títulos da Copa e dos Jogos Olímpicos", contou Marta, que já marcou 63 gols em 60 partidas pela seleção e foi vice-campeã mundial em 2007 e olímpica em 2008.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

PULSEIRAS DO EQUILÍBRIO NÃO TEM EFEITO COMPROVADO.

A empresa fabricante da pulseira, com supostos efeitos terapêuticos, foi obrigada, na Austrália, a desmentir publicamente que o produto não funciona e a garantir o reembolso a consumidores que se sentirem lesados pela propaganda enganosa. Ela assinou um termo com o órgão de defesa do consumidor e se comprometeu a negar a existência de evidências científicas de seus benefícios.
De acordo com informações postadas no site oficial da fabricante, os clientes insatisfeitos têm até 30 de junho para pedir reembolso.
Os braceletes ganharam fama depois de serem vistos nos pulsos de jogadores de futebol como David Beckham e Cristiano Ronaldo, além dos atores Leonardo Di Caprio e Robert De Niro e do piloto Rubens Barrichello.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

SERÁ QUE A PULSEIRA DO EQUILÍBRIO FUNCIONA DE VERDADE?

POR QUE AS CRIANÇAS TÊM CADA VEZ MAIS DOENÇAS DE ADULTOS?

Parece estranho falar de doenças infantis nos dias atuais. Mudamos nosso enfoque porque as doenças mudaram. Evolução dos tempos modernos e doenças modernas. As doenças infecciosas e parasitárias puderam ser prevenidas e tratadas e as mães que fazem o dever de casa, levando seus filhos às campanhas de vacinação, desconhecem problemas como sarampo, catapora, rubéola e coqueluche. Agora os pais precisam aprender outros deveres de casa. O que comprar nos supermercados. Levar ou não as crianças às lanchonetes de fast food. O que levar na lancheira e o que permitir comprar nas cantinas escolares.
Obesidade
Segundo o IBGE em sua última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009) divulgada recentemente, cerca de 33% das crianças brasileiras estão acima do peso. Isso faria um sucesso enorme há alguns anos atrás, quando travávamos a luta contra a desnutrição infantil e quando criança gordinha era considerada criança saudável. Hoje a luta é diametralmente oposta, pois sabemos que não há nada de saudável em estar acima do peso.
Sabemos por exemplo, que crianças obesas terão uma expectativa de vida menor do que aquelas de peso normal, pois estarão precocemente expostas aos riscos das complicações da obesidade, como as doenças cardiovasculares e o diabetes.
Como se não bastasse a maior vulnerabilidade física, as crianças obesas são comprovadamente mais vulneráveis do ponto de vista psicossocial. São várias as descrições de bullying sofridos por elas, além de isolamento social, depressão e comportamentos de risco como o abuso de sustâncias.
Diante do enorme problema da obesidade infantil, os pais são chamados a uma nova campanha. Essa campanha chama atenção para a forma com que as crianças estão sendo alimentadas. Esperamos que eles tenham adesão como aprenderam a fazer com as doenças infecciosas.
Diabetes tipo 2
Diabetes tipo 2 sempre foi doença de adulto. E adulto após os 40 anos. Daí nossa estranheza ao depararmos com ela nos pequenos pacientes trazidos por seus pais também inconformados com o diagnóstico. Como pode ser isso? Muitos são filhos de pais até então livres da doença. Quando muito há um avô diabético na família.
A explicação é simples. Os pais podem até ter herdado o gene do diabetes do avô doente, mas eles tiveram uma infância e adolescência que os protegeram, já que foram mais ativos e tiveram menos acesso aos alimentos industrializados. Provavelmente até terão a manifestação do diabetes mais tarde, na idade habitual. Mas seus filhos não contaram com essa proteção.
Essa geração é marcada pelo sedentarismo e pelo excesso de alimentos industrializados. Ricos em gordura, sal e carboidratos. E o que é pior, muito mais saborosos que os alimentos naturais como frutas, verduras e legumes. Para essa geração, esses alimentos parecem muito sem sabor e sem graça. Não estabeleceram um vínculo com eles após o desmame.
Crianças com diabetes do adulto muitas vezes foram expostas na vida intrauterina aos excessos alimentares de suas mães. Os estudos revelam que nessa fase tão precoce da vida, essas crianças passam a produzir grandes quantidades de insulina para se adaptarem ao volume de carboidratos trazidos até elas pelo sangue materno. Crescem mais antes de nascer e muitas vezes já nascem grandes. Com maior quantidade de gordura corporal. Daí por diante e após o nascimento, o ambiente familiar continua levando essas crianças ao diabetes.
Hipertensão arterial
Quem poderia imaginar que ao invés de levar seu filho ao pediatra teria que levá-lo ao cardiologista? Isso mesmo, muitas crianças estão desenvolvendo hipertensão arterial e sendo expostas precocemente aos riscos das doenças cardiovasculares. Aos 30 anos de idade, essas crianças terão corações com cerca de 20 anos de hipertensão arterial. Isso equivale a um coração de idoso em um corpo jovem.
As estatísticas brasileiras não são abrangentes. O que temos no Brasil são estudos em amostras isoladas, que dão margem a questionamentos sobre a possibilidade de projeções em âmbito nacional. Mesmo assim, o que descrevem tais estudos é que a hipertensão arterial pode atingir de 1 a 3% de nossas crianças.
Quando um dos pais é hipertenso, as chances do filho também ser é de 25%. Quando ambos os pais são hipertensos, as chances do filho sofrer a doença sobe para 60%. Assim, o cuidado com a ingestão de sal da criança deve começar na papinha e deve se estender às escolhas dos alimentos nos supermercados e na elaboração das lancheiras escolares.
O sódio é talvez o maior vilão da pressão arterial. Infelizmente ele está em praticamente todos os alimentos industrializados. Doces ou salgados. Isso inclui sucos e refrigerantes e até nos produtos lights e diets. Cabe primordialmente aos pais a responsabilidade pelas escolhas alimentares da família. São eles que compram todos os alimentos que seus filhos consomem. Saudáveis ou não. Logo, não se pode transferir a culpa para os pequenos ou alegar uma fatalidade. Essa doença pode sim ser evitada através de hábitos saudáveis que inclui atividade física e boa alimentação. Mas essas práticas devem fazer parte da vida de toda a família. Não só dos pequenos.
Doenças do fígado
Já é difícil para nós acreditarmos que um adulto possa sofrer uma doença do fígado causada pela má alimentação. Mais difícil ainda é explicar o grande número de crianças e adolescentes com o chamado fígado gorduroso ou esteatose hepática.
Que mal poderia haver nos depósitos de gordura no fígado? O mais provável seria que eles fossem uma simples conseqüência do sobrepeso e obesidade da nova geração. Algo inerte e sem conseqüências para a saúde dessas crianças. Infelizmente a realidade não é essa e o que sabemos é assustador. Esse acúmulo de gordura já atende pelo maior contingente de pessoas com cirrose hepática no mundo. Não é mais o álcool, mas a comida, desbalanceada e excessiva, a maior causa de lesões graves do fígado em todo o mundo.
Por incrível que isso possa parecer, não é a gordura a grande vilã do fígado de nossas crianças. Já se sabe que nesses casos os carboidratos, principalmente o açúcar, são os principais responsáveis pelos depósitos de gordura no fígado. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o açúcar de adição não ultrapasse 10% das calorias de uma refeição. Apesar disso, nos Estados Unidos, as crianças consomem o dobro dessas recomendações. Os refrigerantes são os maiores contribuintes individuais dessa ingestão.
O açúcar, incorporado na maioria dos alimentos industrializados, leva a um consumo expressivamente alto desse ingrediente, causando um aumento das calorias das dietas, com um poder de saciedade muito pequeno. O resultado dessa equação é sempre muito amargo e um dos responsáveis pela epidemia de obesidade e diabetes em todo o mundo. O fígado gorduroso parece ser o mais novo componente da epidemia, principalmente entre crianças e adolescentes.