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São Paulo, São Paulo, Brazil
Possui graduação em Educação Física e especialização em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - É instrutor do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS). Mestre e aluno de doutorado da UNIFESP, além de membro colaborador do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente (CAAA) Departamento de Pediatria da UNIFESP. Link para o currículo lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/8630482126111425

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

PESQUISA CELAFISCS NO JN - COMO ESTÁ A SAÚDE DO JOVEM NO BRASIL?

Projeto Longitudinal de Ilhabela no Jornal Nacional (18/02/2011).



Uma pesquisa médica de três décadas acaba de revelar uma situação preocupante sobre a saúde de crianças e jovens brasileiros.
Como vai o desenvolvimento das nossas crianças? Para descobrir a resposta, elas são medidas, pesadas, examinadas e testadas em brincadeiras muito sérias. Os testes são repetidos a cada seis meses, em escolas públicas de Ilhabela, no litoral de São Paulo.
Desde 78, 15 mil meninos e meninas entre 8 e 14 anos foram avaliados. E os resultados não são bons. Em 33 anos, o número de crianças com o peso acima do ideal aumentou 85%. E a capacidade cardiorrespiratória delas caiu 20%.
O resultado não surpreendeu os pesquisadores porque o peso das crianças vem aumentando e o preparo físico delas vem piorando ano a ano ao longo dessas três décadas. E, entre um teste e outro, os próprios alunos explicam porque isso acontece.
Uma entrevista rápida revela mudança de hábitos. Comida, há 30 anos, era feita em casa. Arroz, feijão, carne, legumes.
“Alface, tomate, não gosto muito, não. Gosto de macarrão, besteira, essas coisas", contou Luiz Gustavo Coutinho, de 14 anos.
“Uma bolacha doce. Como o pacote inteiro”, disse Gabriel Santos, de 12 anos .
Quem está perto dos 40 anos de idade, cresceu brincando de bola e correndo na rua. E ia a pé para a escola. Essa mudança de comportamento tem consequências graves.
“Está se tornando normal uma criança ter diabete, hipertensão, colesterol elevado", disse o coordenador da pesquisa, Gerson Ferrari.
Um professor da Universidade Federal de São Paulo, que também participa da pesquisa, afirma que é possível mudar esse diagnóstico, mesmo nas cidades grandes, onde a vida é mais agitada.
“Ela pode ser prática, ela pode ser moderna, mas ela tem que ser adequada e adaptada às nossas condições atuais pra que nós possamos prevenir e viver mais e com melhor qualidade", afirmou Mauro Fisber, do departamento de pediatria da Unifesp.



PESQUISA DIZ QUE EXERCÍCIOS FÍSICOS ESTÃO LIGADOS A MELHORES NOTAS EM MATEMÁTICA

Exercícios físicos melhoram a atividade cerebral e as notas na escola, principalmente em geometria, álgebra e outras áreas da matemática, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Ciências da Saúde da Geórgia, nos Estados Unidos.
Mais de 170 crianças, de sete a 11 anos, foram monitoradas durante três meses pela equipe liderada pela pesquisadora Catherine Davis. Todas eram consideradas acima do peso e sedentárias quando começaram a estudar.
Os jovens foram divididos em dois grupos: um se exercitaria durante 20 minutos diários e outro que teria 40 minutos de exercícios por dia. Analisando resultados de ressonância magnética, os pesquisadores identificaram reduções e aumentos de atividade de certas áreas do cérebro de cada criança.
O que o estudo descobriu é que a prática de atividade física aumentou o funcionamento do córtex pré-frontal no cérebro, uma área associada normalmente a pensamentos difíceis, tomadas de decisões e comportamentos sociais considerados corretos.
Além disso, os pesquisadores notaram que as crianças melhoraram seu desempenho em matemática. Segundo a equipe, quanto mais exercícios praticados, melhores os resultados. As informações são do portal científico Physorg.

De volta às escolas
Para Catherine Davis, o principal objetivo do estudo é mostrar que as atividades físicas precisam voltar a ter lugar na rotina escolar.
- Eu espero que essas descobertas façam com que os exercícios físicos ocupem um espaço importante nas escolas, como uma maneira de ajudar as crianças a ficarem física e mentalmente ágeis.
A pesquisa também mostrou que os exercícios aumentaram as atividades da região do cérebro responsável pela chamada função executiva - que planeja e executa de atividades.
Curiosamente, as práticas de exercícios afetaram regiões do cérebro das crianças que melhoraram muito as habilidades em cálculos, geometria, álgebra e outras áreas da matemática, mas não interferiram na prática de línguas e leitura.
Os pesquisadores afirmam, ainda, que a atividade física é capaz de ajudar a desenvolver áreas do sistema cerebral que controlam o comportamento dos pequenos.
Fonte: R7

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

SENADO DEBATE MP QUE CRIA NOVAS MODALIDADES DO BOLSA-ATLETA

Os senadores devem votar, na sessão plenária deliberativa desta terça-feira (15), a Medida Provisória (MP) 502/10, que altera a Lei Pelé (Lei 9.615/98) criando novas normas e programas para o esporte e modalidades no recebimento da bolsa-atleta. A matériatranca a pauta do Plenário e tem prazo final para ser votada até o dia 28 deste mês, perdendo a validade após essa data. Como foi modificada pela Câmara, a medida tramita na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 1/11.
A MP original criou novas categorias para o recebimento da bolsa-atleta, os programas Atleta Pódio, Cidade Esportiva e uma rede nacional de treinamento esportivo visando às Olimpíadas e Paraolimpíadas. Os deputados incorporaram à MP emendas que também alteram a Lei Pelé, com objetivo de estabelecer novas regras de relacionamento profissional entre clubes e atletas e também garantir o chamado direito de arena dos clubes esportivos - prerrogativa de negociar com as redes de TV a transmissão dos jogos.
A bolsa-atleta se divide em cinco categorias, desde o atleta de base até a categoria "pódio". A bolsa-atleta de base tem valor de R$ 370 mensais destinados aos esportistas de 14 a 19 anos que tenham obtido até a terceira colocação nas modalidades individuais. Já a bolsa-atleta da categoria pódio é de R$ 15 mil mensais, destinada a atletas de modalidades olímpicas e paraolímpicas individuais que estejam entre os 20 melhores do mundo em sua prova.
Os atletas podem receber o benefício por quatro anos no período entre duas olimpíadas, e sua permanência no programa deve ser reavaliada a cada ano. Todas as bolsas-atleta são concedidas por um ano. Os que já são beneficiados pelo programa e tenham obtido medalhas olímpicas passam a ter prioridade na renovação, assim como os atletas da categoria pódio.
Com as novas regras, os atletas podem solicitar a bolsa mesmo tendo patrocínio. Para isso, precisam apresentar declaração dos valores recebidos. É exigido ainda que estejam vinculados a alguma entidade de prática esportiva, tenham participado de competição no ano anterior e apresentem plano anual com metas e objetivos.
A MP criou também a Rede Nacional de Treinamento e o Programa Cidade Esportiva. A rede tem objetivo de fomentar o desenvolvimento local e regional de jovens atletas, em coordenação com os comitês olímpicos, e envolverá os centros de preparação dos atletas de alto rendimento. Já o Programa Cidade Esportiva é destinado aos municípios que incentivam o alto rendimento em modalidades olímpicas e paraolímpicas, com possibilidade de extensão para estados e Distrito Federal.

Contratos
Os contratos de jogadores de futebol precisam prever indenizações para o atleta e o clube, cujos valores são pactuados, mas com limites. Caso o jogador seja transferido para outro clube durante a vigência do contrato ou mude de clube, a indenização é de até duas mil vezes o valor médio do salário, no caso de transferências dentro do país. Para as transferências internacionais não há limite.
O clube deve pagar ao jogador uma compensação, caso o contrato seja rescindido por falta de salário, dispensa imotivada ou outras hipóteses previstas na legislação trabalhista. Tal compensação deve ser, no mínimo, o total de valores que o atleta teria direito até o término do contrato, e, no máximo, 400 vezes o salário mensal do atleta.
Pela MP, os comitês olímpico e paraolímpico e as entidades nacionais de desporto devem celebrar contratos de desempenho para que possam receber recursos federais. Os deputados incluíram no PLV a obrigatoriedade de o Ministério do Esporte divulgar, na internet, cópias desses contratos.


Emendas
O relator do PLV 1/11, então deputado José Rocha, incorporou à MP oito emendas apresentadas por senadores na comissão que examinou o projeto do Executivo que alterou a Lei Pelé (PL 5.186/05). Entre essas emendas está a que garante o chamado direito de arena dos clubes esportivos. Outra emenda insere a expressão "imagens" na redação do artigo 42 da Lei Pelé, com objetivo de tornar expresso que o direito de arena refere-se à exploração televisiva e não à cobertura feita por rádio.
O texto final aprovado pela Câmara incorporou ainda outras emendas, entre as quais a que amplia o elenco de possibilidades de aplicação dos recursos destinados às secretarias estaduais de esporte. Outra emenda estabelece que a destinação a jogos escolares deixe de ser exclusiva e passe a ser prioritária, admitindo-se também a aplicação no desporto educacional em geral, na construção, ampliação e recuperação de instalações esportivas e no apoio do desporto para portadores de deficiência.


Bolsa-Atleta
Abaixo, quadro com as cinco modalidades da bolsa-atleta de base e uma modalidade da categoria pódio, com respectivos valores a serem recebidos:

Atletas beneficiados ----Valor mensal
  • De 14 a 19 anos com até a terceira colocação em modalidades individuais ou eleitos entre os dez melhores do ano anterior em modalidade coletiva. R$ 370
  • De 14 a 20 anos com participação em eventos nacionais estudantis reconhecidos pelo Ministério do Esporte, obtendo até a terceira colocação em modalidades individuais ou eleitos entre os seis melhores em modalidades coletivas. R$ 370
  • Participantes de evento máximo de temporada nacional ou integrantes do ranking nacional até a terceira colocação. R$ 925
  • Integrantes da seleção brasileira em sua modalidade esportiva nos campeonatos sul-americanos, pan-americanos ou mundiais, obtendo até a terceira colocação. R$ 1.850
  • Integrantes de delegações olímpicas ou paraolímpicas brasileiras que permaneçam treinando e participando de competições internacionais e cumpram critérios definidos pelo Ministério do Esporte. R$ 3.100
  • 20 melhores do mundo em modalidades olímpicas e paraolímpicas (categoria atleta pódio) R$ 15 mil
Fonte: Agência Senado

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

VALOR DAS OBRAS DA COPA 2014 SERÁ MAIS DO QUE O PREVISTO, DIZ TCU

 O primeiro relatório consolidado das ações para a Copa do Mundo de 2014, elaborado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), aponta atraso no início de obras, estouro significativo em orçamentos, falta de transparência nos atos do governo e irregularidades graves nos projetos. Diante dessas evidências, o TCU concluiu que são grandes os riscos de aditivos contratuais, sobrepreço, contratos emergenciais e aportes desnecessários de recursos federais, a exemplo das obras do Panamericano de 2007. O orçamento previsto é de R$ 23 bilhões. As fontes de informações foram os tribunais de contas dos estados e do Distrito Federal, o Ministério Público e as secretarias de Controle Externo do TCU nos estados.

O ministro-relator do processo de fiscalização das obras da Copa 2014, Valmir Campelo, observou que as matrizes de responsabilidades (documentos que apontam os valores a serem investidos em cada projeto) “não estão sendo rigorosamente observadas pelos diversos entes federativos envolvidos no evento, dado que existe divergência nos valores previstos e descumprimento de diversos prazos determinados”. Ele acrescentou que esse fato indica “possível fragilidade no processo de acompanhamento por parte do Ministério do Esporte, característica que dificulta muito as ações de controle”.

O projeto de construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Brasília, por exemplo, tinha orçamento de R$ 364 milhões na Matriz de Responsabilidades. No entanto, o contrato firmado com o consórcio Brastram tem o valor de R$ 1,55 bilhão. Fiscalização concluída em dezembro do ano passado também apontou indícios de irregularidades. O percentual de execução é de apenas 2%. A obra foi paralisada e o contrato suspenso por decisão administrativa.

Reforma


A previsão do valor para a reforma do estádio Mineirão (MG) era de R$ 426 milhões, mas a proposta vencedora foi de R$ 743 milhões. Não foram encontradas irregularidades nas obras. No caso do Maracanã, o valor passou de R$ 600 milhões para R$ 705 milhões. Mas a maior diferença ocorreu no novo estádio da Fonte Nova, em Salvador. A Matriz de Responsabilidades previa R$ 591 milhões, mas a proposta vencedora foi de R$ 1,6 bilhão. Foram identificadas na obra falhas na estimativa de custos e valor superestimado da contraprestação pública. No caso da Arena das Dunas, em Natal, o orçamento prevê investimentos de R$ 350 milhões, com recursos privados. Mas não apareceram empresas interessadas na primeira licitação.

As obras com dinheiro privado estão atrasadas de um modo geral. Em São Paulo, foi constatado que não existe projeto de estádio aprovado pela Fifa, visto que o Morumbi foi descredenciado, mas o estádio do Corinthians ainda não foi confirmado. O início da reforma da Arena da Baixada, em Curitiba, e do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, estava previsto para março do ano passado, mas essas obras ainda não foram iniciadas.

Aeroportos
Dos 13 aeroportos que necessitam de ampliação e reformas, apenas o Galeão (RJ) está com obras em andamento. Todos eles têm conclusão prevista para 2013. O percentual médio de execução dos terminais de passageiros 1 e 2 do Galeão está em 40%. No aeroporto de Guarulhos (SP), está em licitação a construção do terminal de passageiros 3, com orçamento de R$ 716 milhões. Não há ainda nem licitação para a construção e exploração do terminal de passageiros do complexo de Natal, em São Gonçalo do Amarante. A construção da pista e do pátio tem 80% de execução.

O relator do TCU informou que o Ministério do Esporte elaborou, em julho do ano passado, matrizes de responsabilidades para as obras nos portos e aeroportos. Mas ainda não encaminhou o documento ao tribunal, “dificultando a transparência das ações”. Outra dificuldade identificada foi a formalização de diversas transferências voluntárias do governo federal com justificativa na Copa do Mundo, mas sem constar das matrizes de responsabilidades, o que também dificulta o planejamento de auditoria do tribunal. Campelo determinou ao Ministério do Esporte que envie cronograma de descrição das áreas a serem ainda incluídas na Matriz de Responsabilidades, a exemplo de hotelaria, segurança e telecomunicações.

Pendências no Maracanã
Relatório de acompanhamento realizado pelo TCU para acompanhar o empréstimo do BNDES ao governo do Rio de Janeiro para a reforma do Maracanã mostrou pendências em relação ao estudo de viabilidade econômica da arena e à descrição dos projetos de intervenção no entorno, com os respectivos orçamentos, bem como indícios de graves irregularidades no processo licitatório de contratação da obra. O plenário do tribunal decidiu ontem determinar ao BNDES que informe o prazo e as medidas que estão sendo tomadas com o governo do estado para sanar as falhas e irregularidades encontradas.

Falhas em projetos de transporte
As obras de mobilidade urbana também apresentam falhas, atrasos e estouro no orçamento. Em São Paulo, os Ministério Públicos Federal e Estadual recomendaram ao governo estadual a suspensão da concorrência internacional para a construção do Monotrilho, uma obra de R$ 2,86 bilhões. O motivo da recomendação foi a inexistência de projeto básico. O mesmo problema ocorreu em Manaus, onde o governo do estado lançou o projeto do Monotrilho que integra o anel viário Norte-Oeste, com orçamento de R$ 1,32 bilhão. Os ministérios públicos Federal e Estadual apontaram deficiências no projeto básico. A Controladoria-Geral da União (CGU) emitiu nota técnica que demonstra a inviabilidade do projeto em razão dos altos custos e do risco de a conclusão não ocorrer antes da Copa.

Os projetos do Corredor Norte-Sul e do Bus Rapid Transit (BRT) em Fortaleza tiveram que ser alterados porque os valores das desapropriações extrapolaram excessivamente os estimados. Não há fonte de recursos definidas para as obras do BRT de Belo Horizonte, inicialmente previstas em R$ 1,25 bilhão. O estado e o município não têm recursos disponíveis para uma eventual contrapartida. O Ministério das Cidades também alega que não existe previsão orçamentária para o projeto. A obra na Avenida Antônio Carlos, em fase inicial, não está incluída na Matriz de Responsabilidades. A avenida não foi duplicada prevendo o uso do BRT. Foi apenas criada uma pista segregada, em mão dupla, para uso exclusivo de ônibus e táxis. Não foram previstos pontos para construção de grandes estações.

Na maior obra de mobilidade urbana em Recife, o Corredor Via Mangue, avaliado em R$ 354 milhões, o Tribunal de Contas do Estado apontou falhas no projeto básico, com problemas nas plantas, nos traçados e nos orçamentos, o que torna impossível a estimativa com precisão do custo total da obra. O seu término está previsto para julho de 2013. Em Natal, a licitação para o eixo que integra o novo aeroporto com a Arena Dunas e o setor hoteleiro, no valor de R$ 293 milhões, está paralisada por decisão judicial em consequência de recursos de um consórcio.

Em Salvador, o principal projeto é o Corredor Estruturante BRT Aeroporto–Acesso Norte, avaliado em R$ 570 milhões. O cronograma físico do projeto pode encontrar dificuldades, uma vez que a previsão para o início das obras era agosto do ano passado. O prazo também é apertado no Rio, onde será implementado o Corredor Transcarioca, ligando o aeroporto Galeão à Barra da Tijuca. A obra custará R$ 2,33 bilhões, com prazo de execução de 1.080 dias. Será necessário desapropriar 315 mil metros quadrados de terreno — o equivalente a 40 campos de futebol.


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

PESO DE CRIANÇAS AUMENTA QUANDO SUAS MÃES TRABALHAM

De acordo com uma pesquisa publicada na revista Child Development, as horas de trabalho das mães podem estar associadas com o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) de seus filhos. Para realizar o estudo, os pesquisadores observaram o aumento de IMC de 900 crianças.
Os resultados mostram que, na terceira série, há um ganho de aproximadamente meio quilo a cada seis meses que a mãe trabalha. O ganho de peso se acumulava e a relação com o trabalho materno se tornava mais forte na medida em que a criança amadurecia, atingindo a quinta e a sexta séries.
As razões não são claras. Crianças com mães que não trabalham, por exemplo, assistiam cerca de 14,6 horas de TV por dia, comparada com 15,3 horas para as mães empregadas. Os pesquisadores também compararam a atividade física das crianças e seu tempo gasto sem supervisão entre as duas categorias de mães. Nenhum desses fatores explica a ligação entre o trabalho e peso das crianças.
Algumas possibilidades, no entanto, envolvem a pressão do tempo, pois os filhos de mães empregadas tendem a frequentar restaurantes e fast foods mais assiduamente. Outros fatores como os hábitos de sono, o tipo de comida e o tipo de atividades realizadas pela criança após a escola também se alteram quando os pais não estão por perto, mas essas variáveis não foram amparadas pela pesquisa.
Porém, os investigadores ressaltam que as mães não devem levar a pesquisa como um indicativo para sair do trabalho. “Se isso acontecesse, a obesidade infantil não desapareceria de forma alguma”, opina um dos autores do estudo, Taryn Morrisey. Além disso, o filho de uma mãe que trabalha não está condenado à obesidade.
A pesquisa não comparou o IMC das crianças com o emprego do pai, porque não havia um número significativo de pais que ficassem em casa para realizar as comparações.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CURSO DE AVALIAÇÃO FÍSICA

O curso é voltado para o profissional que queira aprender a bateria de testes de avaliação física conforme a padronização CELAFISCS, obedecendo a filosofia do centro, na utilização de materiais de baixo custo, porém que forneçam resultados fidedignos com rigor científico.

O Curso de Avaliaçao Física é ministrado por membros do CELAFISCS e convidados e é dividido em duas partes: teoria e prática, onde o aluno pode vivenciar os testes e medidas e tirar dúvidas com os membros do laboratório.

Maiores informações acesse:
Tel: 11-4229.8980 / 9643

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

SER ATIVO AOS 20 ANOS AJUDA A NÃO GANHAR PESO NA MEIA-IDADE ?

Segundo um novo estudo, para se chegar em boas condições na meia-idade, tem que ser ativo – correr, caminhar, andar de bicicleta, praticar esportes recreativos, e realizar mesmo trabalhos domésticos – nos seus 20 anos e permanecer assim nos 30 e 40 anos, especialmente as mulheres.
Segundo os pesquisadores, a chave para manter um peso saudável é ser ativo e permanecer ativo, e integrar a atividade à sua vida quotidiana de uma forma que você pode mantê-las.
Os pesquisadores acompanharam cerca de 3.500 pessoas entre as idades de 18 e 30 anos por vinte anos.
As mulheres que mantiveram um regime de exercício moderado a vigoroso durante todo o estudo ganharam cerca de 6,12 quilos a menos, em média, do que as menos ativas. A mesma tendência foi observada entre os homens, mas mais modesta: os ativos ganharam cerca de 2,72 quilos a menos do que os menos ativos.
O exercício regular ajudou a manter o peso independentemente do peso inicial da pessoa, ou da quantidade de calorias normalmente consumidas em um dia. Embora os resultados não sejam surpreendentes, a maioria das pesquisas sobre exercício e peso analisou o impacto da atividade física na perda de peso, e não na prevenção de ganho de peso.
Na verdade, há pouca evidência que mostra que as atuais recomendações federais americanas para a atividade física – pelo menos 30 minutos de exercício moderado, cinco dias por semana – são suficientes para impedir o ganho de peso, especialmente na transição de início da idade adulta para a meia-idade, quando muitas pessoas engordam.
Os pesquisadores avaliaram os níveis de atividade física dos participantes por meio de questionários que mediram a duração e a intensidade de 13 tipos diferentes de exercício, então os resultados do estudo não podem ser diretamente traduzidos em uma simples receita de perda de peso, mas confirmam que as pessoas que seguem as diretrizes federais verão os benefícios a longo prazo.
Também, ao contrário de muitos estudos nos quais as pessoas relatam seu próprio peso – uma abordagem notoriamente imprecisa – neste estudo, os pesquisadores pesaram os participantes e os entrevistaram pessoalmente sobre sua atividade física.
Relativamente poucas pessoas foram capazes de manter uma rotina de exercícios de moderada a forte na meia-idade, no entanto. Apenas cerca de 12% dos homens e 11% das mulheres no estudo foram altamente ativos durante todo o período de 20 anos. Além disso, as diferenças no ganho de peso entre os que fazem e não fazem exercícios regularmente tendem a se tornar ainda mais evidentes conforme os participantes envelhecem.
Segundo os pesquisadores, esse é um estudo fenomenal. Os dados adquiridos são tão rigorosos quanto podem ser. Baseado nessa confiabilidade, o melhor que as pessoas têm a fazer é se exercitar.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ESTUDO DIZ QUE OBESIDADE DE CRIANÇAS É CAUSADA POR HÁBITOS DE SAÚDE, E NÃO PELOS GENES

Estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, com crianças do sexto ano, revelou que a causa da obesidade está relacionada mais ao estilo de vida do que por fatores genéticos.
Ao analisarem 1.003 estudantes, os pesquisadores concluíram que as crianças obesas eram as que mais consumiam a merenda escolar em vez do almoço, e, em casa, gastavam ao menos duas horas assistindo televisão ou jogando videogame diariamente.
Os resultados compilados pelo Centro Cardiovascular da Universidade de Michigan sugerem, portanto, que são os hábitos alimentares que causam a tendência à obesidade, não fatores hereditários.
Pelo estudo, os pesquisadores descobriram que, pelo menos, 58% das crianças obesas haviam assistido duas horas de televisão no dia anterior, em comparação com 4% das crianças não obesas.
Enquanto, 45% dos alunos obesos sempre comia a merenda escolar, apenas 34% dos estudantes não-obesos faziam uso da mesma refeição, explica o autor do estudo, o cardiologista Kim Eagle, diretor do centro.
Ainda, pelo estudo, um número significativamente menor de crianças obesas participava das aulas de educação física, ou era membro de uma equipe esportiva.
Como os padrões alimentares e de exercício das crianças obesas eram tão diferentes de seus colegas com peso normal, os pesquisadores concluíram que o estilo de vida tem ligação maior com a obesidade do que a genética.
No estudo, ao menos 15% dos estudantes do ensino médio eram obesos, mas quase todos, mesmo acima do peso, ou não, relataram hábitos não saudáveis.
Mais de 30% tinham consumido refrigerante no dia anterior, e menos da metade tinha lembrado de comer duas porções de frutas e legumes nas últimas 24 horas. Apenas um terço dos estudantes disse que se exercitou por 30 minutos durante cinco dias, na semana anterior.

Fonte: R7

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

PROGRAMA AGITA SÃO PAULO, CELAFISCS E UNIFESP NO JORNAL DA RECORD

Programa Agita São Paulo no Jornal da Record

A pesquisa realizada em parceria do Celafiscs juntamente com o Programa Agita São Paulo e a Unifesp e que deu origem a dissertação de mestrado do Prof. Leonardo José da Silva foi um dos destaques apresentado no Jornal da Record desta quarta-feira (2/2/2011).
 O entrevistado foi o Prof. Mauricio dos Santos, um dos pesquisadores do Celafiscs e assessor do Programa Agita São Paulo.
Esta pesquisa trouxe novos rumos à saúde pública, que identificou entre as mulheres que caminhavam mais tinham menor consumo de medicamento. O pedômetro foi utilizado para registrar a quantidade de passos que essas mulheres realizavam durante o dia. O número de medicamentos que elas consumiam foi obtido do prontuário médico. As 271 mulheres também responderam a um questionário em uma entrevista.
O artigo já foi submetido a uma revista científica internacional e aguarda parecer para sua publicação.
A entrevista pode ser vista no seguinte link:

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

EXERCÍCIOS PARA MELHORAR A MEMÓRIA

Agência FAPESP– Exercícios físicos aeróbicos podem diminuir a perda de memória em idosos e prevenir o declínio cognitivo associado com o envelhecimento, indica estudo que será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
A pesquisa, feita nos Estados Unidos, verificou que um ano de exercícios físicos moderados foi capaz de aumentar o tamanho do hipocampo em adultos mais velhos, levando a uma melhoria na memória espacial. De acordo com estudos anteriores, o hipocampo diminui com a idade, o que afeta a memória e aumenta o risco de demência.
Arthur Kramer, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, e colegas examinaram os cérebros de 60 adultos saudáveis com idades entre 55 e 80 antes, durante e após o período de um ano de exercícios.
Os pesquisadores observaram que os participantes que caminharam por 40 minutos, três vezes por semana, tiveram um aumento de em média 2,12% no volume do hipocampo esquerdo e de 1,97% no direito. O grupo que praticou apenas exercícios de alongamento teve diminuição média de 1,40% no hipocampo esquerdo e de 1,43% no direito no período.
Testes de memória espacial foram conduzidos antes, com seis meses e após um ano. Aqueles que integraram o grupo de exercício aeróbico apresentaram melhoria nas funções de memória, que os cientistas apontam estar associado com o aumento no hipocampo.
O grupo que praticou atividade física aeróbica também teve aumento em diversos biomarcadores associados com a saúde cerebral, como no fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF, na sigla em inglês), uma pequena molécula envolvida na memória e na aprendizagem.

“Os resultados do estudo são particularmente interessantes por indicarem que mesmo pequenas quantidades de exercícios em adultos mais velhos e sedentários podem levar a melhorias substanciais na memória e na saúde cerebral”, disse Kramer, que dirige o Instituto Beckman na Universidade de Illinois.
O artigo Exercise training increases size of hippocampus and improves memory (doi/10.1073/pnas.1015950108
Fonte: Fapesp