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São Paulo, São Paulo, Brazil
Possui graduação em Educação Física e especialização em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - É instrutor do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS). Mestre e aluno de doutorado da UNIFESP, além de membro colaborador do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente (CAAA) Departamento de Pediatria da UNIFESP. Link para o currículo lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/8630482126111425

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

COMPOSIÇÃO CORPORAL, FORÇA MUSCULAR E HOSPITALIZAÇÃO ENTRE IDOSOS

Já esta bem estabelecida na literatura que manter um bom nível de atividade física e composição corporal são medidas eficientes para prevenir e manter um bom estado de saúde. Contudo, esta relação sempre foi estabelecida entre os indivíduos jovens e de meia idade. Poucas pesquisas têm observado esses fenômenos em idades mais avançadas. Sabemos que a força muscular é uma variável importante para a independência dos idosos, além de ser associada à maior densidade mineral óssea e tecido muscular.
Uma pesquisa realizada em conjunto com diversos departamentos de algumas universidades dos Estados Unidos buscou avaliar a relação entre a força muscular e composição corporal na ocorrência de hospitalizações entre idosos com idade entre 70 a 79 anos. Para tanto, foram avaliados 3.075 homens e mulheres integrantes do Health, Aging and Body Composition (Health ABC). A força muscular foi avaliada por meio da extensão de joelhos em um aparelho isocinético e a composição pelo DXA. O Período de acompanhamento foi de 5 anos e ocorreram 2.309 hospitalizações neste período. O tempo de internação foi dividido em dias, sendo agrupados da seguinte forma: de 1 a 3; de 4 a 7 e igual ou mais que 8 dias de internação.
Os resultados apontaram resultados interessantes. Por exemplo, entre os homens que reduziram 1,5 kg de massa gorda e mulheres com 1,17 kg o período de hospitalização foi maior quando comparado a menores reduções. Já para peso corporal houve maior significância para homens e mulheres que perderam, respectivamente, 2,36 kg e 1,64 kg. O mesmo fenômeno foi observado para mudanças negativas na massa livre de gordura. Com relação à força muscular os valores de homens e mulheres mais significantes para internação foram uma redução de 7.89 Nm e 7.47 Nm (Newton-metro), respectivamente. Vale ressaltar que todos esses valores foram significantes para um período de internação igual ou maior há oito dias.  A causa de internação mais comum entre os idosos, tanto homens quanto mulheres, foi por doenças do aparelho circulatório, seguido por câncer e outras doenças. Aqui mais uma ressalva, no início da pesquisa todos os idosos não apresentavam estas doenças.
Os autores concluem que hospitalização esta associada com significância mudança na composição corporal e força muscular entre idosos. Ainda, que esses efeitos parecem ser particularmente mais importantes para um período de hospitalização maior que oito dias.
De fato, outras pesquisas já estabeleceram que um idoso com excesso de peso apresenta  maior longevidade que os que eram obesos e com peso, ou melhor,  IMC dentro da classificação normal. Em 2010, outra pesquisa realizada no Japão mostrou que a mortalidade entre idosos foi maior entre aqueles que apresentavam menores níveis de força muscular.
Certamente, os achados dessa pesquisa contribui para termos novos meios de avaliar a saúde dos idosos e possibilidades de intervenções para evitar os problemas decorrentes do envelhecimento.
Referência.
Alley DE et al. Hospitalization and change in body composition and strength in a population-based cohort of older persons. Journal American Geriatrics Society. 2010;58:2085-2091.

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